quarta-feira, 15 de agosto de 2012

JARDINAGEM E MEDITAÇÃO



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  O cultivo de um jardim aproxima o homem dos ritmos da natureza, das leis imutáveis do cosmos, o sanatana dharma. Dedicar-se a jardinagem, sob esta perspectiva, pode significar uma mudança muito grande no padrão de nossos pensamentos e percepções. As crianças, nas cidades, crescem achando que o leite dá em caixinhas ou que alimento é aquilo que compramos em embalagens nos supermercados. Não conseguem reconhecer ou identificar as árvores que dão sombra e frutos no caminho por onde passam. Os pais tampouco se mostram interessados ou preocupados com isso. A ângustia e a ansiedade percorre toda a vida social, onde todos estão 'na correria', lutando incansavelmente por uma subsistência que esgota os poderes vitais e a energia de reflexão. De dentro dos vidros escuros dos carros a cidade torna-se um ambiente ameaçador, perigoso, onde é melhor não se estar. A jardinagem como prática de desaceleração e desalienação pode ser uma forma de libertar a mente da ansiedade e do medo, colocando-nos em contato com as coisas mais simples e importantes da vida - os ciclos da lua, o calor do sol, o sabor dos alimentos, a energia das plantas, o vôo dos pássaros, a vida e a morte. Os jardins, como a meditação, crescem e se enriquecem com o tempo.

O conceito de jardinagem libertária, utilizado recentemente para indicar ações de retomada do espaço público, também é rico em significações. Busca-se, através do plantio de árvores nativas nas áreas urbanas, a criação de territórios livres, de espaços de convivência, hortas comunitárias e o reflorestamento do ecossistema das cidades. A Jardinagem Libertária também é uma forma de tentar romper o ciclo de alienação ao qual somos submetidos, a impossibilidade de atuar criativamente no espaço público. É a critica da motorização individual e a completa ausência de estímulos à mobilidade limpa. Como a meditação, a jardinagem libertária também busca a liberdade.

Deseja-se ouvir a natureza, respeitar os elementos que constituem nossos corpos e mentes e utilizar as ferramentas disponíveis para a transformação das comunidades e cidades em ambientes de desenvolvimento do espírito e da consciência.





   Marcuse, resume esta reflexão nos seguintes termos:

"Em última análise, a luta pela ampliação do mundo da beleza, da não-violência, da tranquilidade, é uma luta política. A insistência nestes valores, em restaurar a Terra como meio ambiente humano, é não só uma idéia romântica, estética, poética, que concerne aos privilegiados: é, hoje, uma questão de sobrevivência. É preciso que os homens aprendam por si mesmos que é indispensável mudar o modelo de produção e consumo, abandonar a fabricação de elementos bélicos, de coisas supérfluas, de artefatos, e substituí-la pela produção de objetos e serviços necessários para vida de menos trabalho, de trabalho criador, de prazer."

Pois bem, dá pra começar cultivando alguns vasos, abrindo alguns canteiros, cantando alguns mantras, espalhando sementes e observando a cidade com um olhar mais atento. 'Aqui dá pra plantar um Guapuruvu. Ali podemos fazer uma linha de Ipês. Nos pés deles vamos colocar girassol, linhaça, malva, manjericão e melissa. Mais adiante uma cerca viva de cosmos e ora-pro-nobis. '

Usando a criatividade e a ousadia os jardins ficam ainda mais belos. A meditação também!

alguns pensamentos . . .



(por Goura Nataraj)
Fonte: Portal Arco Íris



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http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/jardinagem-e-meditacao-43709/?PHPSESSID=359828ee867b324a7bee46e07431e39b#ixzz23cOGUwF8

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