sexta-feira, 24 de julho de 2015

FLORES DE SAUDADE


Flores de saudade



Se pretendemos cultuar a memória de familiares queridos, transferidos para o Além, elejamos o local ideal: nossa casa.

Usemos muitas flores para enfeitar a Vida, no aconchego do lar; nunca para exaltar a morte, na frieza do cemitério.

Eles preferirão, invariavelmente, receber nossa mensagem de carinho, pelo correio da saudade, sem selagem fúnebre.

É bom sentir saudade. Significa que há amor em nossos corações, o sentimento supremo que empresta significado e objetivo à existência.

Quando amamos de verdade, com aquele afeto puro e despojado, que tem nas mães o exemplo maior, sentimo-nos fortes e resolutos, dispostos a enfrentar o Mundo.

E talvez Deus tenha inventado a ilusão da morte para que superemos a tendência milenar de aprisionar o amor em círculos fechados de egoísmo familiar, ensinando-nos a cultivá-lo em plenitude, no esforço da fraternidade, do trabalho em favor do semelhante, que nos conduz às realizações mais nobres.

Não permitamos, assim, que a saudade se converta em motivo de angústia e opressão. Usemos os filtros da confiança e da fé, dificultando-a com a compreensão de que as ligações afetivas não se encerram na sepultura. O Amor, essência da Vida, estende-se, indestrutível, às moradas do Infinito, ponte sublime que sustenta, indelével, a comunhão entre a Terra e o Céu...


Há, pois, dois motivos para não cultivarmos tristeza:

Sentimos saudade - não estamos mortos...
Nossos amados não estão mortos - sentem saudade ...


E se formos capazes de orar, contritos e serenos, nesses momentos de evocação, orvalhando as flores da saudade com a bênção da presença, sentiremos a presença deles entre nós, envolvendo suavemente nossos corações com cariciosos perfumes de alegria e paz.



por Richard Simonetti
livro: Quem tem medo da morte?

segunda-feira, 20 de julho de 2015

CANDEIAS NA NOITE ESCURA


Candeias na noite escura





Venho dum tempo em que doces babás, culturalmente despreparadas, mas espiritualmente graduadas nas divinas universidades do amor fraterno, nos contavam histórias - ainda eram histórias e não estórias - singelas, nas quais o bem recebia sempre o seu prêmio e o mal o seu castigo. Em muitas dessas histórias, os heróis anônimos se perdiam pelos caminhos e a noite chegava cheia de terrores, mas tudo acabava bem quando, a distância, o viajante perdido descobria na escuridão um tímido ponto de luz em torno do qual viviam aqueles que o socorreriam.

Buscamos todos a luz. Mais que uma realidade energética no campo da Física, a luz é o símbolo multimilenar do desenvolvimento espiritual. Dela dependemos para ver o mundo que nos cerca e o caminho em que pisamos. Em espírito, buscamos as vibrações superiores do amor - esse grande gerador de luzes fascinantes. E, à medida que a luz se realiza em nós, desaparecem as sombras que nos envolvem e se iluminam não apenas as nossas veredas, mas também os caminhos dos que seguem ao nosso lado. Ainda que o desejássemos, não poderíamos guardá-la somente para nós, egoisticamente ela se irradia por onde andamos e alcança os outros. Tudo no Universo é solidário, porque vivemos e nos movemos em Deus, como dizia Paulo.

"Ninguém acende a luz e a coloca debaixo do alqueire",¹ ensinava o Mestre. Quanta sabedoria profunda e intemporal nos seus mais singelos pronunciamentos! Que maravilhoso poder de comunicação na sua capacidade de traduzir em imagens tão nítidas o pensamento mais transcendental...

Vejo ainda, com os olhos da saudade, a lamparina humilde da fazenda, colocada no lugar mais alto para que todos a vissem e nunca debaixo do alqueire. Pelas paredes dançavam sombras grotescas, mas nenhuma das sombras chegava perto da luz.

Lembro isso agora, ao verificar que, mesmo a nossa luzinha humílima de principiantes, quanta gente atrai! São os que vêm buscar consolo, principalmente. Os que "perderam" entes queridos, os que sofrem provações incompreensíveis, os que se consomem no remorso. Mas vêm também os que, sem grandes dores, desejam compreender melhor a vida; que não têm remorsos, mas estão vazios de esperança. Quase todos, senão todos, atrasaram-se pelos caminhos e a noite chegou e se fechou sobre eles. De repente encontram aqueles que, sem muito brilho, dispõem, no entanto, de uma candeia modesta. São estes os que se iniciaram nas primeiras tarefas do amor, são os que, tendo ainda tão pouco, possuem já o suficiente para dar, têm em si bastante amor para distribuir em nome do Cristo.

É certo que neste crespúsculo dos tempos muitos continuarão extraviados por largo espaço e, infelizmente, não está em nosso poder sacudi-los de sua inconsciência, mas estamos igualmente certos de que não ficarão abandonados à própria sorte, porque Deus vela por todos nós indistintamente. Também a chuva e o sol caem sobre o justo e o pecador, sobre a boa semente e a outra. Que orem por eles os que aprenderam a conversar com Deus, mas aqueles que disponham de uma pequena chama espiritual, ainda que humilde, que cuidem de colocar a candeia sobre o alqueire e não debaixo dele. Não para exibir conhecimentos e alardear virtudes que ainda não temos, mas quem sabe se lá ao longe, na escuridão da noite que nos envolve, algum irmão extraviado não vai enxergar a luzinha e chegar-se exausto e faminto, pedindo pousada, ajuda e carinho. Isso mesmo, daremos na medida das nossas forças e limitações, porque é bom repartir o pouco que temos, "para que a felicidade se multiplique entre nós", como diz Agar na sua linda prece. A felicidade aumenta quando repartida, ao passo que a dor partilhada diminui. Vamos, pois, distribuir a nossa alegria consciente de viver em Deus. Nós sabemos o que somos - Espíritos imortais, temporariamente encarcerados num corpo físico. Sabemos de onde viemos - de um longo rosário de vidas que aprofundam suas raízes na escuridão de remotas idades. Sabemos para onde vamos - para os mundos cada vez mais perfeitos que luzem adiante de nós, nas muitas moradas do nosso Pai.

A mensagem que temos a transmitir é, pois, extremamente simples e fácil de entender. Para muitos é ainda difícil aceitá-la, porque se habituaram demais à opressiva aridez da descrença; lembremo-nos, entretanto, daqueles mais desgraçados para os quais não é apenas difícil aceitar a realidade do espírito, mas é ainda impossível.

Que brilhe, então, a nossa luz humilde, alimentada pelo combustível do conhecimento e da caridade que começa a arder em nós. A hora é de dores, muitas e grandes; de desorientação e desespero; de ódios e crueldades. Hora de ajustes aflitivos e desenganos dolorosos. Mas é também uma hora de revelações maravilhosas, de descobertas memoráveis, de conquistas deslumbrante4s, de oportunidades raras se, com muito amor e humildade, procurarmos em nosso próprio território íntimo o rastro luminoso que o Mestre de todos nós deixou em nós. Há séculos que ouvimos a sua palavra, repetida insistentemente. Há séculos que muitos de nós a pregamos à nossa maneira, obscurecida pelas paixões e incompreensões que nos toldam a visão. É chegado o tempo de fazê-la florescer e frutificar. É, assim, muito bela a tarefa que temos diante de nós, os que começamos a soletrar o bê-á-bá do conhecimento espiritual: incumbe-nos a responsabilidade e a alegria de transmiti-lo, proclamando aos quatro cantos da Terra que somos Espíritos sobreviventes a caminho de Deus. E que, por estranho que pareça, Deus está também em nós. "Vós sois deuses!", dizia Jesus. Que brilhe a nossa candeiazinha humilde que não ilumina mais que uns poucos palmos à volta. Há irmãos tão desesperados que anseiam até mesmo por essas migalhas de luz.

Um dia seremos um clarão de amor fraterno, tal como nos quer o Príncipe da Paz.





por Hermínio Corrêa de Miranda
(sob o pseudônimo de João Marcus)

sábado, 18 de julho de 2015

AMOR PRÓPRIO


É comum as pessoas as dizerem que se amam, mas o Amor Próprio é muito mais profundo do que se imagina. Pergunte sempre: Você gosta de você? É feliz na sua vida? Faz todas as coisas que lhe fazem bem? Costumar tomar decisões em favor de sua felicidade? Lógicamente que a maioria das respostas serão “não”. E aí eu pergunto: se você não se ama, se você não procura fazer sua felicidade, como pode amar outra pessoa? Como pode dar algo que não tem? As pessoas dizem que ama outra pessoa, mas esta não é a realidade. O que acontece é que essa pessoa deve estar apaixonada e paixão é bem diferente de amor, deve estar querendo amor de verdade, mas não consegue.
Dentro de cada um de nós existe uma vibração magnética que produz o magnetismo do amor. Quando a pessoa se ama de verdade, essa vibração magnética começa a irradiar um fluxo de energia especial, que se expande sobre todas as pessoas de seu convívio, até mesmo alguém que você não conheça, quando se lhe aproxima sente um calor ou um sentimento de amor, sente vontade de ficar ao seu lado, de conversar, estreitar laços de amizade. Este encontro magnético acontece porque existe em você um fator de atração do Amor Próprio, e este só acontece quando alguém irradia telepáticamente e, logicamente, só conseguirá irradiar esta energia se realmente o estiver sentindo. É por esta razão que muitas vezes alguma pessoas não se sentem bem ao lado das outras e, dependendo da situação, envolve também a falta de conhecimento – algumas pessoas pensam que a outra pode estar “carregada” e por isso não se sentem bem a seu lado. Mas, a verdade é que esta pessoa não está carregada no sentido literal da palavra; o que acontece é que ela está sem nenhum Amor Próprio e, desta forma, passa no espaço esta sensação de negatividade. Uma pessoa que não se ama não está preparada para atrair a pessoa certa no amor e, quando atrai alguém, certamente será a pessoa errada e futuramente verá o erro que cometeu.
Muitos querem encontrar a sua verdadeira Alma Gêmea, mas como, se não existe o principal dentro dela? E assim vai levando a sua vida até chegar o cansaço, comodismo e a conclusão de que o mundo não presta, que o amor não existe.
Toda pessoa que não se ama, acaba atraindo também pessoas sem Amor Próprio (semelhantes se atraem ) e, devido a esta atração começam a acontecer problemas em relação à afetividade. Acabam sempre dividindo mágoas e ressentimentos, não chegando a lugar nenhum.
Muitas vezes, uma pessoa que se ama é obrigada a conviver com outras que não se amam, e neste caso, a primeira deverá sentir-se como um verdadeiro núcleo. Muitas vezes é obrigada a conviver por razões comerciais, familiares ou sociais, mas isto não quer dizer que está se misturando de forma sintonizada.
As Leis do Amor Próprio
Quem se ama de verdade evita pensar ou vivenciar o passado triste e, quando se lembra, mentaliza apenas como experiência para sua evolução, vê de forma fria e natural tudo o que aconteceu no passado, procura tirar proveito dos acontecimentos do passado.
Quem se ama de verdade,quando está diante de uma pessoa que está tentando magoá-la simplesmente tem todo o controle emocional para se sentir frio em uma determinada situação, não deixando as calúnias, palavras ofensivas e desarmonias caírem sobre a sua Aura.
Quem se ama de verdade não espera ser compreendido, prefere compreender as pessoas de um modo geral, está sempre de bem com a vida e não se preocupa se alguém gosta ou não. Não dá ouvidos às críticas, porque sabe que quanto mais evolui mais atrai pessoas para criticar e ofender. É um processo natural da ascensão do Universo. Se todos só aplaudissem não teria graça.
Quem se ama de verdade não guarda raiva, rancor ou ressentimento, vê tudo a sua volta como se fosse um processo de auto-conhecimento, está sempre disposto a perdoar e compreender em qualquer situação.
Quem se ama de verdade não aceita sugestões negativas, está sempre policiando seus pensamentos e procura analisar cada um.
Quem se ama de verdade não se magoa, não fica chorando quando é magoada. não se entristece por qualquer razão, não perde o controle em qualquer situação e não se deixa levar por qualquer situação negativa, seja lá de quem for.
Quem se ama de verdade não tem medo da morte, doenças, de ficar pobre ou sem dinheiro, não tem medo de nada neste mundo, não se apega a nada, ao ponto de sentir coragem e a segurança de começar tudo novamente se for necessário, sem medo do amanhã.
Quem se ama de verdade não se deixa acomodar pela vida, está sempre criando forças para trabalhar, está sempre iniciando algo importante em sua vida e quando inicia alguma coisa vai até o fim sem desistir da idéia ou do objetivo, aconteça o que acontecer e ,desta forma, chegará sempre ao final, à vitória. Os maus espíritos detestam quem se ama, não se sentem bem ao lado de quem se adora e cumpre todas as Leis do Amor Próprio.
Quem se ama de verdade, é sábio, inteligente e raciocina antes de falar qualquer coisa, evitando com isto passar informações deturpadas e não esclarecidas.
Quem se ama de verdade está sempre para cima, feliz, sorridente, procura passar o seu tempo livre como se fosse uma criança, alegre e bem disposta.
Quem se ama de verdade aceita as críticas e se corrige, procura sempre ouvir, ninguém é perfeito, portanto, você pode errar, é muito importante saber ouvir e separar o joio do trigo.
Quem se ama de verdade não cria ansiedade, quando mentaliza alguma coisa para si, sabe esperar, não tem pressa da vida, tem o conhecimento do Universo e não tem medo da morte, sabendo que existirá por todo Universo infinito. Quem se ama se orgulha de si mesmo.
Quem se ama de verdade procura sair, passear, dançar, ir a um bom teatro, restaurante, se divertir, ir às festas convidadas, procura estar sempre em volta de pessoas criando uma política de boa amizade, mesmo que tenha que sair sozinha, passeia numa praia, num jardim, enfim, mantendo sempre o contato com a natureza.
Quem se ama de verdade procura ocupar o seu tempo com o trabalho, procura fazer algo por alguém, por si mesmo, estar sempre com a mente ocupada. Quando estamos com a mente vazia, muitos pensamentos negativos caem sobre o nosso pensamento consciente.
Quem se ama de verdade evita ficar em casa sozinho, sem ter o que fazer, procura se distrair, ser útil, procura estar sempre pensando em uma forma de ocupar o seu tempo com a sua evolução. Não sente solidão, sabe conversar com sua voz interior, procurando sempre estar em sintonia com o amor.
Quem ama de verdade não cobra sentimentos, ama a outra naturalmente e não se preocupa se está sendo amada ou não, apenas dá amor e compreensão, e desta forma será amada automaticamente, devido às leis do Universo. Não sente ciúmes exageradamente, não tem medo de perder, se basta, se gosta e não tem costume de chorar pelo “leite derramado”.
(FAUSTO OLIVEIRA autor do livro MEU ANJO)

sexta-feira, 17 de julho de 2015

COMO ATRAIR COISAS BOAS


LIBERTE SEU ANJO
Por vezes, ser humano significa atravessar momentos de estresse, o que pode ameaçar a harmonia familiar, a vida profissional e a convivência com as pessoas. Mas você pode tocar bem lá no fundo e recorrer ao poder celeste dentro de você. Os “Anjos” podem ajudar a devolver paz a seu coração e a harmonia com sua família.
Pare – Olhe – Escute
Pare de se inquietar com o futuro, com o passado, com o desconhecido. Pare com o corre-corre de uma atividade desgastante a outra. Pare o tempo bastante para fechar os olhos, respirar fundo e sussurrar uma oração.
Olhe ao seu redor a incrível diversidade na criação toda de Deus. Olhe as bênçãos que circundam você… família, amigos, tudo que nutre seu corpo e sua alma. Olhe para dentro e veja a força e a paz que Deus lhe deu.
E escute. Escute o ritmo suave da chuva, o sibilo da chaleira, o canto dos passarinhos. Escute a voz de seu Anjo, enquanto ele guia você rumo à paz e à sabedoria.
Esperamos que nas próximas páginas você encontre a paz, a harmonia. Porque o Amor e a companhia de Deus e seus mensageiros, estarão com você, ajudando-o à crescer.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

COMO OBTER AJUDA DO ANJO DA GUARDA


Os Anjos podem mudar sua vida. E tudo o que terá de fazer é pedir que eles o ajudem. Apenas isso. Vamos considerar alquimicamente essa decisão, analisando suas quatro condições necessárias: querer, poder, saber e ousar.

Querer Dou como certo que você quer entabular essa comunicação e que deseja realmente pedir ajuda aos planos superiores da existência. O querer é o motor de tudo. E se esse motor falhar ou inexistir, não haverá possibilidade de atingirmos a meta nem de obtermos resultado algum, por muito que essa meta e esses resultados tão desejados estejam nos esperando após a primeira curva do caminho.
Poder todos podemos. Nem mesmo o fato de não se acreditar na existência dos Anjos será um impedimento para recorrermos a eles e nos beneficiarmos de sua ajuda. É mais do que certo que o poder da fé é enorme e que ela “move montanhas”, mas nesse caso seu papel – embora ajude a estabelecer a comunicação – não é primordial. Não estamos aqui tratando de nenhum tipo de “auto-ajuda”, “auto-programação” ou “auto-hipnose”, mas sim de pedir – e obter – o auxílio de seres tão reais como nós, mesmo que nossos sentidos não sejam capazes de percebê-los.
Saber -na realidade, não existe protocolo nem normas estabelecidas. Qualquer chamada, qualquer tentativa de nos dirigirmos a eles que seja sincera e parta do coração chegará, será ouvida e atendida. No entanto, para evitar interferências é bom ter as seguintes recomendações em mente, que não passam de leis universais aplicadas a este caso em particular.
1. Evitar a pressa e a precipitação. Mesmo que as chamadas urgentes e desesperadas sejam prontamente atendidas, o contato com nosso Anjo da guarda – ou qualquer outro – se realiza melhor em uma atmosfera de calma e tranquilidade, tanto interior como exterior.
2. Lembrar-se sempre do imenso poder criativo da palavra. A fala inconsciente e ociosa contém sempre um perigo, e esse perigo se multiplica por mil quando os termos empregados têm uma carga transcendente ou divina. Na Religião judaica, a proibição de pronunciar o nome de Deus não precisa de justificativa. Até hoje, nos países de língua francesa, a expressão Nom de Dieu!, que para nós soa muito inocente, é considerada uma das piores blasfêmias a ser pronunciadas. E precisamente um dos mais frequentes abusos das palavras são as blasfêmias e as maldições. Por isso é conveniente evitarmos a companhia daqueles que costumam contaminar o espaço com palavras ociosas, para que a energia positiva não se distancie dali. É importante abster-se do emprego inconsciente daqueles termos que se referem ao mais sagrado: Deus, Jesus, a Virgem e todas as combinações de letras que nos ligam, de um modo ou de outro, aos planos superiores. O uso dessas palavras sempre provoca um efeito, e sua utilização em momentos de cólera ou rancor tem a mesma consequência de jogar uma pedra para o alto e ela, ao cair, atingir nossa própria cabeça. Tudo irá melhor na nossa vida se reservarmos as palavras importantes para momentos importantes.
3. Empregar sempre o tempo presente em nossos pedidos. No mundo dos Anjos não existe passado nem futuro; o sábio sufi Nasafi escreveu há mais de 1300 anos: “Os Anjos estão no mundo invisível, eles mesmos são o mundo invisível. Nesse mundo não há ontem nem amanhã, nem passado nem ano presente nem próximo ano. Indiferentemente, 100mil anos passados e 100 mil anos futuros estão presentes. Já que o mundo do invisível não é o mundo dos contrários, a oposição é apenas um produto do mundo visível. O tempo e a dimensão temporal existem somente para nós, filhos das esferas e das estrelas, habitantes do mundo visível. No mundo invisível, não há tempo, nem dimensão temporal. Tudo o que existiu, existe e irá existir, está sempre presente”. Portanto, devemos nos esforçar para não utilizar o passado e o futuro em nossos pedidos, a fim de evitarmos que seja difícil para o nosso Anjo captá-los. Lembre-se de que ele só conhece “o agora”.
4. Expressar-se sempre de uma maneira positiva. Por exemplo, jamais devemos pedir: “Que eu não perca meu emprego” ou “Que meu marido não morra”, e sim, pedir aquilo que de fato desejamos, de forma simples e direta: “Manter nosso trabalho” ou “que meu marido tenha sempre saúde e que o amor reine em nosso casamento”. Ao utilizarmos frases negativas, mesmo que de maneira inconsciente, já estaremos imaginando a perda, a derrota, e será isso o que transmitiremos aos planos mais sutis da realidade e aos seres que atenderão às nossas súplicas; como consequência, é bem provável que seja isso o que obteremos no final.
5. Considerar o assunto terminado, até incluindo no pedido agradecimentos por já ter sido resolvido o problema apresentado. Essa é a forma mais efetiva de eliminar as dúvidas, que com certeza também seriam transmitidas, criando obstáculos em todo o processo. Trata-se de evitar por todos os meios que, enquanto nos dedicamos a fazer o pedido da melhor maneira possível, nossa mente esteja, na realidade, transmitindo: quero isto, mas não tenho muita certeza de que este pedido servirá para algo. Qual das duas idéias os Anjos deverão captar?
6. Sermos muito cuidadosos, pois receberemos exatamente aquilo que estamos solicitando, com toda uma série de implicações- inerentes ao fato ou ao objeto desejado – que talvez não consigamos imaginar. Convém compararmos as circunstâncias e as situações da vida com uma moeda: é impossível ter uma moeda com apenas uma face. Quem quiser possuí-la, forçosamente terá a moeda com duas faces.
7. Sermos claros e concisos, evitando as incongruências. Os Anjos não gostam de ouvir bobagens. Nunca devemos cair no absurdo de brincar com orações, como, por exemplo: “Senhor, dai-me paciência, mas a quero já”; nem de fazer pedidos malucos como o de um marido que deseja que a esposa lhe seja fiel, enquanto ele a trai com diversas amantes; nem de ter falsas atitudes como a de um ladrão profissional que assiste à missa e comunga todos os dias antes de iniciar sua jornada de “trabalho”.
8. Finalmente, é importante dar as graças. Isto fecha e conclui o ciclo. A ação de agradecer consolida o favor obtido e nos confere título de propriedade sobre ele. Omitir o agradecimento é deixar aberto um círculo, pelo qual a energia pode escapar deixando efeitos indesejados.
Ousar – o passo mais decisivo é ousar a abordagem de um tipo de comunicação e de relação totalmente diferente. O primeiro passo é ousarmos pensar que, mesmo que nosso sentidos não captem os Anjos, existe a possibilidade de que sejam uma realidade e de que uma comunicação deles conosco é perfeitamente possível. Quem já possui essa crença precisa evitar acreditar que se trata de algo próprio de sua Religião. Não é assim. Estamos falando de uma realidade que supera e transcende todas as religiões. Por isso é conveniente desprender-se de todo sentimento de exclusividade religiosa. De imediato, devemos deixar de nos sentirmos privilegiados porque professamos a “verdadeira” religião. Todas as religiões são verdadeiras para seus seguidores e todas são falsas para os demais. A crença que nossa religião é verdadeira e as demais falsas será apenas um obstáculo no caminho do nosso progresso espiritual – e da nossa salvação -, um obstáculo que, mais cedo ou mais tarde, teremos de eliminar.
Os que não acreditam que os Anjos existem – e que eles desejam nos ajudar – deverão adotar essa possibilidade como uma hipótese de trabalho, e pensar que se a existência dos Anjos é real, essa realidade terá de ser muito mais forte que qualquer bloqueio originado por sua incredulidade, e capaz de vencer tal bloqueio e de manifestar-se, senão de uma maneira sensível – dadas as limitações dos nosso sentidos -, com fatos, pois, no fim das contas, são esse que nos interessam. Temos que nos atrever a iniciar uma comunicação com os anjos e lhes pedir ajuda, porém mantendo a mente totalmente aberta, sem querer forçosamente encurralá-los com nossas idéias preconcebidas.
“Peçam, e lhes será dado! Procurem, e encontrarão! Batam, e abrirão a porta para vocês! Pois todo aquele que pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, a porta será aberta. Quem de vocês dá ao filho uma pedra quando ele pede um pão?   (Mateus 7,7-9)



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